Afro-simpatizantes:

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Racismo, Discriminação, Preconceito: sabe a diferença?

É comum haver dúvidas.

Afinal, preconceito, discrinação, racismo... será que existe diferença?
Sim, existe!
Preste atenção às definições abaixo e ficará fácil entender:
preconceito - Opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos. Trata-se de um pré-julgamento, isto é, algo já previamente julgado;
discriminação - Separar, distinguir, estabelecer diferenças. A discriminação racial corresponde ao ato de apartar, separar, segregar pessoas consideradas racialmente diferentes, partindo do princípio de que existem raças "superiores" e "inferiores", o que a ciência já comprovou que não existe;
racismo - Teoria que sustenta a superioridade de certas raças em relação a outras. Defende a segregação racial e até mesmo a extinção de determinadas minorias.

De acordo com essas definições, o preconceito se expressa na sociedade, mas não necessariamente segrega ou discrimina; já a discriminação promove, baseada em certos preconceitos, a separação de grupos ou pessoas. Por outro lado, o racismo mata, produz o ódio entre grupos e indivíduos.
Historicamente, o racismo se expressou, de forma clara, através do apartheid da África do Sul, até início dos anos 90, e em alguns estados do sul dos EUA, como o Mississipi e o Alabama, cujas constituições segregavam os negros, até os anos 60.
Da mesma forma, a repressão a árabes palestinos pelos judeus israelenses e o extermínio de judeus na Alemanha nazista também devem ser vistos como expressões de racismo.
Infelizmente, o racismo também se manifesta em formas sutilmente elaboradas: piadas, brincadeiras, olhares, frases de duplo sentido...
Mas, seja como for, sabemos que, hoje, no Brasil, o racismo é considerado crime e precisamos trabalhar duro para pôr um fim a isso.

Erros históricos.

Uma coisa que a maioria das pessoas no Brasil pensa é que o continente africano é um país, outra é que a história da África começa com a chegada dos europeus para capturarem escravos. Além disso, a imagem que se tem é de que na África só há homens primitivos, que andam nus e colocam o homem branco no caldeirão para comê-lo por serem todos canibais! Nada disso é verdade!
Ao contrário do que se pensa, a África tem muitas histórias. Em primeiro lugar, foi nesse continente que surgiu a humanidade. O Homo Sapiens, inteligente, forte, habilidoso e com muitas capacidades técnicas e culturais, tinha a pele negra, e somente milhares de anos depois surge o Homo Sapiens branco na Ásia, na Europa e nas Américas.
Foi no continente africano que se desenvolveram as primeiras técnicas de metalurgia, de fundição de metais, escrita, cálculos matemáticos, engenharia e comércio internacional. Outra questão que é negada pela maioria dos historiadores é que a grande civilização egípcia, das pirâmides, dos faraós, era uma civilização negro-africana. Aliás, a maioria dos faraós era negra.
Na África, antes da chegada dos europeus, existiam (e ainda existem) grandes construções arquitetônicas, navegações em alto mar, comércio internacional e trocas de mercadorias com a antiga China, o antigo Japão e a antiga Índia. Sem falar no fato de que algumas civilizações africanas entraram em contato com os índios americanos antes de Cristóvão Colombo e Pedro Álvares Cabral. Tudo isto está comprovado através de estudos históricos e achados arqueológicos.
Fica a pergunta: por que nada disso não nos foi esclarecido antes?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Adivinha o tema do novo casulo?

Sabe aquela tela enooooorme e super colorida que dá cara ao NAVE? Estamos falando do CASULO, um banner microperfurado, feito com material sintético de alta resistência ao tempo, que exibe imagem em tela de aproximadamente 18 x 18 metros, ocupando 324m2. Em outras palavras, trata-se de intervenção de arte urbana, única na cidade.
Por esta e por outras, o programa NAVE (Núcleo Avançado em Educação) é considerado revolucionário por dentro e por fora. A fachada da antiga estação telefônica art déco dialoga com a linguagem contemporânea presente em todos os ambientes educacionais do interior do prédio.
O projeto foi concebido para expor obras inéditas de arte e tecnologia, revelar novos talentos e democratizar o acesso do grande público ao trabalho de jovens artistas.

Na inauguração do programa NAVE, em maio de 2008, o designer e artista visual, Jair de Souza, foi o responsável por desenvolver a primeira tela do projeto Casulo.
Em dezembro de 2008, os alunos do NAVE participaram de um workshop, com a presença do próprio Jair e do artista gráfico Pojucan. Juntos, eles criaram uma tela para o Natal. Em março do ano seguinte, foram escolhidas as duas artes vencedoras do 1º Concurso Casulo. A criação de Sérgio Bonilha e Luciana Ohira, de São Paulo, tomou conta da fachada do NAVE até setembro, quando foi substituída pela tela de Glaucia Hokana, também de São Paulo, outra vencedora do concurso.
A quinta arte foi produzida em um novo workshop para os alunos do NAVE, dessa vez com a participação do grupo Eboy. (veja fotos dos casulos antigos aqui)

Pois bem, o novo concurso para escolha das novas criações para o Casulo está aberto. Quem quiser acessá-lo, vá em http://www.nave.org.br/casulo/index.php.
A nova temática, "Eu, Negro" -- que não poderia ser mais revolucionária! -- reforçará a questão que já estamos tratando em nossos últimos encontros, estendendo a reflexão para a vizinhança do entorno: o negro no Brasil.
Em um país cuja formação étnica é multicultural, "Eu, Negro" vai em busca do espírito negro que se encontra em todos nós, já que há um pouco de negritude em nossa alma e em nossa herança, apesar de a consciência deste fato nem sempre ser enaltecida.
Que venha nosso próximo fruto!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

E você o que pensa?

"Este curta é mais um daqueles filmes que não fecham nada, pelo contrário, abrem diversas interrogações preciosas e necessárias de serem feitas no Brasil. Desperta a simples pergunta: "Existe racismo no Brasil?" ou, de forma mais elaborada, "Como o racismo opera de fato?".
De qualquer forma, é uma obra importante, numa época em que diversas pessoas garantem que o Brasil está mudando e se tornando menos racista.
As produções audio-visuais brasileiras continuam marcadas pela brancura dos atores e temáticas, apesar do acesso de alguns atores e atrizes negros(as) a papéis interessantes. Na verdade, talvez a temática, atualmente, seja o elo mais fraco, tendo em vista que não temos diretores, roteristas, produtores, escritores, etc. negros, ou mesmo com a sensibilidade para a temática racial. O diretor deste filme, Joel Zito, é uma exceção que confirma a regra." (texto de Aninejf, professora de português e literatura, no canal youtube http://www.youtube.com/user/aninejf)
O curta, de que fala a professora acima, tem 23 minutos de duração, chama-se VISTA A MINHA PELE e é encontrado no youtube. Vale a pena conferir e refletir sobre as questões apresentadas!
Abaixo, os links:

Parte 1:

Parte 2:

Parte 3:

Não deixe de comentar!